Opening Reception
Friday, May 24
6:00–9:00pm
DOCUMENT is delighted to present The Dog’s Sweat, Wilfrid Almendra’s first solo exhibition in Portugal and inaugural collaboration with the gallery.
In many ways, the French-Portuguese artist’s practice is autobiographical, drawing inspiration from his family history. In the late 1960s, Almendra’s father left his native Portugal to escape António de Oliveira Salazar’s dictatorship and emigrated to France. The artist’s experience of growing up in the Portuguese diaspora and community, as well as working alongside his father—who established a business delivering heating oil to homes and workshops—has influenced Almendra’s practice, which often engages in an alternative economy based on generosity and exchange. This working-class ethos and custom of bartering are reflected in the artist’s materials and his collaboration with artists, artisans, and anonymous individuals to realize his sculptures.
For his exhibition at DOCUMENT Lisbon, Almendra conceived a site-specific installation using large-scale glass sheets to cover and transform the walls that separate the gallery’s main rooms. Titled Labor Day, this series of works features plants and what appear to be men’s tank tops hanging over the edges of the glass panes. These components—like many others in Almendra’s oeuvre—are cast metal reproductions of everyday objects and natural elements, meticulously painted to replicate their original counterparts. Throughout the exhibition, a pair of workers’ gloves, sneakers, slugs, and figs scattered over rocky surfaces create a mundane trompe l’oeil, freezing time in a cinematic tableau where the actors— notably construction workers—are unseen but leave traces of their presence. These clothes and objects point to notions of desire as well as fragility, challenging traditional notions of masculinity.
In the ongoing series of wall sculptures Model Home (Sonata) that he began in 2012, Almendra assembles discarded and found materials into compositions structured with safety bars or railings, referencing the modernist architecture of North American and European suburban developments from the latter half of the 20th century, as well as window security bars. Cathedral glass, floor tiles, marble slabs, polystyrene insulation, and other construction materials gleaned on the road between France and Portugal form the ‘notes’ of Almendra’s pieces. Some of these elements come from the artist’s family home in Portugal, which he has been renovating and where he produces olive oil. The works are fragile yet solid, evoking conditions of existence traversed by contemporary flux and personal histories. This collection of Sonatas modifies the exhibition space, introducing introspective windows that both confront the constraints of modernism and propose “an environmental aesthetics of the working-class¹.”
[1] Lemos, Sofia. “Adelaïde: Naming an Environmental Aesthetics of the Working-class.” In Adelaïde, by Wilfrid Almendra, 7-15. Marseille, France: Frac Provence-Alpes-Côte d’Azur, 2022.
Wilfrid Almendra was born in Cholet, France, in 1972. He lives and works in Marseille, France and Casario, Portugal.
Almendra has presented solo exhibitions in France and internationally, including Adelaïde, Frac Provence-Alpes-Côte d’Azur, Marseille, France (2022); So Much Depends Upon A Red Wheel Barrow, Atlantis Lumière, Marseille, France, as part of Manifesta 13 (2020); Light Boiled Like Liquid Soap, Palais de Tokyo, Paris, France (2017); Light Boiled Like Liquid Soap, Fogo Island Arts, Canada (2016); Between the Tree and Seeing It, Les Églises, Chelles (2014); L’Intranquillité, Centre d’art Passerelle, Brest (2013); Matériologique, Fondation d’entreprise Ricard, Paris (2013). He has also taken part in a number of group shows, including Sors de ta réserve #1, Frac Île-de-France, Komunuma, Romainville, France (2022); 100 Artistes dans la ville – ZAT 2019, MO.CO. Montpellier Contemporain, Montpellier, France (2019); Singing Stones, DuSable Museum of African American History, Chicago, IL (2017); Flatland / abstractions narratives #1, MRAC, Sérignan, France (2016); L’Esprit du Bauhaus, Musée des Arts décoratifs, Paris, France (2016); Let’s Play, Galerie du cloître, Rennes, France, as part of the Biennale d’art contemporain (2014); Parapanorama, Palais de Tokyo, Paris, France (2014); Vue d’en haut, Centre Pompidou-Metz, Metz, France (2013); Skyscraper: Art and Architecture Against Gravity, Museum of Contemporary Art Chicago (MCA), Chicago, IL (2012); Zones arides, Lieu Unique, Nantes, France, and Fondation d’entreprise Ricard, Paris, France (2007), traveled to Museum of Contemporary Art, Tucson, AZ (2008); L’Histoire d’une décennie qui n’est pas encore nommée, Biennale de Lyon, Lyon, France (2007). He was nominated for the Prix Meurice and the Prix Maif for Contemporary Art in 2010, and was awarded an Audi Talent Award for Contemporary Art in 2008.
A DOCUMENT tem o prazer de apresentar The Dog’s Sweat (O Suor do Cão), a primeira exposição individual de Wilfrid Almendra em Portugal e a sua primeira colaboração com a galeria.
Em muitos aspetos, a prática do artista franco‑português é autobiográfica, inspirando‑se na sua história familiar. No final da década de 1960, o pai de Almendra deixou o seu país natal, Portugal, para fugir da ditadura de António de Oliveira Salazar e emigrou para França. A experiência do artista de crescer na diáspora e comunidade portuguesas, bem como de trabalhar juntamente com o seu pai — que estabeleceu um negócio de fornecimento de óleo de aquecimento a casas e oficinas — influenciou a prática de Almendra, que se insere frequentemente numa economia alternativa com base na generosidade e na troca. Este carácter de classe trabalhadora e o hábito da troca refletem‑se nos materiais do artista e na sua colaboração com artistas, artesãos e indivíduos anónimos na concretização das suas esculturas.
Para a sua exposição na DOCUMENT Lisboa, Almendra concebeu uma instalação site‑specific utilizando placas de vidro de grandes dimensões para cobrir e transformar as paredes que separam as salas principais da galeria. Intitulada Labor Day (Dia do Trabalho), esta série de trabalhos apresenta plantas e o que parecem ser camisolas de alças de homem penduradas na beira das placas de vidro. Estas componentes — como muitas outras na obra de Almendra — são reproduções em metal fundido de objetos do quotidiano e elementos naturais, meticulosamente pintadas para reproduzir os seus equivalentes originais. Ao longo da exposição, um par de luvas de operário, ténis, lesmas e figos espalhados por superfícies rochosas criam uma ilusão mundana, congelando o tempo num quadro cinematográfico em que os atores — particularmente, operários da construção civil — não são vistos mas deixam vestígios da sua presença. Estas roupas e objetos apontam para noções de desejo, bem como de fragilidade, desafiando as noções tradicionais de masculinidade.
Na série contínua de esculturas de parede Model Home (Sonata) (Casa Modelo (Sonata)), que iniciou em 2012, Almendra reúne materiais descartados e encontrados em composições estruturadas com barras de segurança ou grades, fazendo referência à arquitetura modernista dos empreendimentos suburbanos norte‑americanos e europeus da segunda metade do século XX, bem como às barras de segurança das janelas. Vidro laminado, ladrilhos, lajes de mármore, isolamento de poliestireno e outros materiais de construção recolhidos na estrada entre França e Portugal formam as «notas» das peças de Almendra. Alguns destes elementos provêm da casa da família do artista em Portugal, que este tem vindo a renovar e onde produz azeite. As obras são frágeis mas sólidas, evocando condições de existência atravessadas por fluxos contemporâneos e histórias pessoais. Esta coleção de Sonatas modifica o espaço de exposição, introduzindo janelas introspectivas que tanto confrontam os constrangimentos do modernismo como propõem «uma estética ambiental da classe operária¹».
[1] Lemos, Sofia. «Adelaïde: Nomear uma Estética Ambiental da Classe Operária». Em Adelaïde, de Wilfrid Almendra, 7‑15. Marselha, França: Frac Provence‑Alpes‑Côte d’Azur, 2022.
Wilfrid Almendra nasceu em Cholet, França, em 1972. Vive e trabalha em Marselha, França, e no Casario, Portugal.
Almendra apresentou exposições individuais em França e internacionalmente, incluindo Adelaïde, Frac Provence‑Alpes‑Côte d’Azur, Marselha, França (2022); So Much Depends Upon A Red Wheel Barrow (Tanta Coisa Depende de um Carrinho de Mão Vermelho), Atlantis Lumière, Marselha, França, como parte da Manifesta 13 (2020); Light Boiled Like Liquid Soap (Fervido em Lume Brando Como Sabonete Líquido), Palais de Tokyo, Paris, França (2017); Light Boiled Like Liquid Soap, Fogo Island Arts, Canadá (2016); Between the Tree and Seeing It (Entre a Árvore e Vendo‑a), Les Églises, Chelles (2014); L’Intranquillité (O Desassossego), Centro de Arte Passerelle, Brest (2013); Matériologique, Fondation d’entreprise Ricard, Paris (2013). Participou também em várias exposições coletivas, incluindo Sors de ta réserve #1 (Sai do teu devaneio #1), Frac Île‑de‑France, Komunuma, Romainville, França (2022); 100 Artistes dans la ville (100 Artistas na cidade) — ZAT 2019, MO.CO. Montpellier Contemporain, Montpellier, França (2019); Singing Stones (Pedras Cantantes), Museu DuSable de História Afro‑Americana, Chicago, IL (2017); Flatland / abstractions narratives #1 (Flatland / narrativas de abstrações), MRAC, Sérignan, França (2016); L’Esprit du Bauhaus (O Espírito da Bauhaus), Museu de Artes Decorativas, Paris, França (2016); Let’s Play (Vamos Jogar), Galerie du cloître, Rennes, França, no âmbito da Bienal de Arte Contemporânea (2014); Parapanorama, Palais de Tokyo, Paris, França (2014); Vue d’en haut (Vista do alto), Centro Pompidou‑Metz, Metz, França (2013); Skyscraper: Art and Architecture Against Gravity (Arranha‑Céus: Arte e Arquitetura Contra a Gravidade), Museu de Arte Contemporânea de Chicago (MCA), Chicago, IL (2012); Zones arides (Zonas áridas), Lieu Unique, Nantes, França, e Fondation d’entreprise Ricard, Paris, França (2007), seguindo para o Museu de Arte Contemporânea, Tucson, AZ (2008); L’Histoire d’une décennie qui n’est pas encore nommée (História de um decénio ainda por nomear), Bienal de Lyon, Lyon, França (2007). Foi nomeado para o Prix Meurice e para o Prix Maif de Arte Contemporânea em 2010, e foi galardoado com um Prémio Audi Talent de Arte Contemporânea em 2008.